A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, defendeu esta sexta-feira que a Guarda reúne condições para ter o primeiro porto seco de Portugal, que será «um projecto estruturante» para esta zona do país.
A governante esteve sexta-feira na Guarda, na empresa Olano, que foi a primeira a instalar-se na Plataforma Logística, há onze anos, e desde então tem crescido, alargando agora a actividade também ao porto de Leixões.
Na opinião de Ana Mendes Godinho, o facto de a Olano Portugal ter ficado com uma concessão na Plataforma Logística de Leixões foi um «passo importantíssimo«, porque a empresa passou a ter capacidade de acolher mercadorias que chegam por via marítima.
A localização da Guarda confirma-se assim «como uma grande vantagem de ligação ao resto da Europa» e a ministra compromete-se, em nome do Governo, a «tudo fazer no sentido de criar as condições» para que a Guarda tenha o primeiro porto seco, que considera «fundamental para criar uma dinâmica à volta».
João Logrado, director-geral da Olano, recorda que «fruto das requalificações, em curso e em finalização, das linhas ferroviárias da Beira Baixa e da Beira Alta, e da linha de concordância entre ambas, aqui na Guarda, já em finalização, a cidade e região assume uma localização estratégica que a coloca como o único ‘hub’ de distribuição nacional e internacional de mercadorias, no interior do território nacional, para a exportação e importação de matérias-primas, produtos e serviços».
O responsável defende que estas circunstâncias «conferem uma oportunidade única para a implementação do primeiro porto seco no interior do território e junto à fronteira».
João Logrado defendeu que a própria Plataforma Logística da Guarda «devia ser o porto seco». Basta, para isso, «a vontade política que a senhora ministra já demonstrou, o resto já cá existe e vamos dar mais vida à plataforma logística».
Ana Mendes Godinho assegura que «estamos todos empenhados em trabalhar e serei uma grande defensora no sentido de criar aqui, cada vez mais, as condições para o arranque deste porto seco, como um eixo fundamental do posicionamento nesta centralidade do interior da península» e diz ver neste projecto um desafio também para a criação de emprego e a fixação de jovens quadros na Guarda e na região.
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