A Câmara da Guarda aprovou, por unanimidade, um apoio extraordinário de cerca de 340 mil euros a 13 Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) do concelho.
A verba destina-se a financiar projetos de ampliação das valências de apoio a idosos ou a construção e requalificação de lares ou de novos centros de dia. No final da reunião quinzenal do executivo, realizada na segunda-feira, o presidente da autarquia disse que os 13 projetos estão aprovados pela Câmara e as candidaturas ao PRR já foram submetidas. «O investimento global a realizar pelas IPSS será de cerca de 11 milhões de euros e só desta forma as instituições têm condições para fazer face a tanta despesa», sublinhou Sérgio Costa. O edil acrescentou também que está prevista a criação de «mais de 210 novos postos de trabalho».
O objetivo da autarquia é que «o concelho se afirme como um ponto de convergência da economia social», afirmou o presidente do município, revelando que existe a possibilidade de atribuir «novos apoios a outras instituições que pretendam avançar com outros projetos idênticos ao PRR». Nesta fase serão contempladas as IPSS Associação Cultural e Recreativa da Sequeira; Centro Social e Paroquial da Sé; Centro Social da Póvoa do Mileu; Centro Social e Paroquial de Famalicão; Associação “Amigos da Nossa Terra” de Fernão Joanes; Associação de Melhoramentos de Vila Franca do Deão, Centro Social e Paroquial de Gonçalo; ADM Estrela; Centro Social e Cultural de Valhelhas; Fundação João Bento Raimundo; Centro Social Nossa Senhora da Conceição; Associação de Melhoramentos do Adão e Casa de Trabalho do Instituto de São Miguel.
Na reunião da passada segunda-feira, a autarquia também aprovou, por unanimidade, um apoio de 100 mil euros às três associações de bombeiros do concelho e de 80 mil euros para as equipas de sapadores florestais. Aprovada também por unanimidade foi uma verba de 15 mil euros para apoiar os criadores de raças autóctones do concelho (raças bovina e caprina jarmelista, ovelhas bordaleira Serra da Estrela e churra mondegueira). O executivo aprovado, também por unanimidade, o Regulamento Municipal de Juventude. O vereador do PS Luís Couto salientou que se trata de «um documento importante porque a Guarda necessita de uma população jovem, de a sedimentar aqui, e este regulamento pode ajudar muito as organizações neste objetivo». O eleito destacou igualmente «a importância do apoio à elaboração de projetos para as IPSS e respetiva criação de empregos».
Por sua vez, Carlos Chaves Monteiro (PSD) destacou que as inúmeras propostas apresentadas na ordem de trabalhos para atribuição de apoios financeiros «deveriam fazer parte de um regulamento específico, com critérios previamente definidos», tal como «o então vereador sem pelouros no mandato anterior fazia questão de sublinhar, praticamente em todas as reuniões do executivo». O social-democrata considerou ainda que, «afinal, da candidatura da Capital da Cultura sobrou muito trabalho feito» e deu como exemplo «o apoio de 800 mil euros» atribuído ao TMG pela Direção-Geral das Artes e o financiamento de um milhão de euros para a Orquestra Filarmónica Portuguesa.
A Câmara da Guarda já divulgou a forma como os guardenses poderão participar na consulta pública para decidir o futuro da antiga Casa da Legião, no centro histórico, em frente à porta principal da Sé.
As propostas deverão ser apresentadas por escrito, dirigidas ao presidente da Câmara através de correio ou entregues diretamente no Balcão Único da autarquia. Também poderão ser enviadas por email. A consulta pública decorre até 21 de junho. Na segunda-feira, o presidente da Câmara anunciou que a Volta a Portugal em Bicicleta vai continuar a percorrer as estradas do concelho e nos próximos quatro anos terá uma partida de etapa e três chegadas na cidade. O investimento é de 400 mil euros até 2025, estando contempladas uma partida já este ano, uma chegada com descanso em 2023 e 2024 e uma chegada em 2025. A autarquia ainda está a negociar, com a empresa organizadora, a possibilidade da chegada da etapa em 2025 incluir também o chamado “Dia da Volta”.
Sérgio Costa garantiu também que as piscinas municipais ao ar livre vão reabrir nesta época balnear. «As requalificações de fundo terão que ficar para outra altura porque é preciso programar e projetar», justificou, adiantando que este ano o complexo irá abrir «nas condições possíveis». Isto porque, «passados 20 anos, as piscinas precisam de uma requalificação profunda, não apenas ao nível da eficiência energética, mas também de todo o espaço interior e exterior».