O Governo «não está a cumprir» e «não chega dizer que está tudo bem», protesta o vereador do Partido Socialista, Eduardo Brito, sobre a falta «de uma resposta política do Governo com força e com empenhamento» em relação aos problemas que a Guarda atravessa na área dos cuidados de saúde. Para o líder da bancada socialista na Câmara, há esclarecimentos que o Ministério da Saúde tem de dar à cidade, relacionados tantos com «os recursos humanos» como com «a segunda fase das obras do Hospital da Guarda». E isso passa por uma vista do ministro, prometida desde Março, «para se inteirar dos problemas». O reforço de meios e a finalização das obras são essenciaia para que a ULS da Guarda possa «cooperar em pé de igualdade com os nossos vizinhos». Uma intervenção dura na sessão da Câmara da passada segunda-feira, justificada com um dever político dos vereadores do Partido Socialista: «Para além de apoiarmos o Governo, muito mais importante é apoiarmos a Guarda». Mas este não é o entendimento do segundo eleito, Pedro Fonseca. O presidente da federação distrital do PS tomou a palavra para assumir uma posição da de Eduardo Brito. Não há «novos problemas» na Unidade Local de Saúde da Guarda, assegura, explicando que «o que nós estamos a assistir nos últimos tempos é uma tentativa da parte de elementos não afectos ao Governo de verem problemas onde os problemas não existem». E porquê? Simplesmente porque «é tão difícil encontrar defeitos a este Governo», que tem revelado «um desempenho de excelência». Há, assim, na leitura de Pedro Fonseca, uma procura «quase desesperada» no sentido de atacar o executivo de António Costa, que o líder dos socialistas no distrito elogia porque «o investimento público, o investimento na qualidade de vida dos portugueses e a reposição dos seus direitos laborais era feito sempre à custa do agravamento das contas públicas e com este governo socialista isso não aconteceu». Uma aparente divergência entre os dois vereadores, à qual Eduardo Brito respondeu com bonomia: «Eu terei uma visão mais exclusiva de vereador, o Pedro tem, pelas razões do cargo que desempenha, uma visão mais larga». Mas não deixa de alertar que «não podemos ficar apenas pela gestão de expectativas». «Temos que dar resposta aos anseios das pessoas», rematou.
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