Apesar de conhecido o descontentamento das associações de bombeiros do concelho da Guarda sobre o montante dos subsídios que a Câmara lhes destina no orçamento para o corrente ano, os dirigentes das três corporações compareceram à sessão pública de entrega da primeira prestação, organizada pela autarquia na sala de sessões da Assembleia Municipal (ver notícia anterior aqui), e recusaram então prestar qualquer declaração.
Uma semana depois, fazem publicar na imprensa local, como publicidade paga, um comunicado conjunto onde referem que «as reduzidas verbas atribuidas às três corporações de bombeiros voluntários do concelho da Guarda (17.500,00 euros) são por isso um forte constrangimento a um adequado desempenho das nossas funções e que contrastam com o valor das comparticipações que a generalidade das nossas congéneres recebem das respectivas câmaras municipais».
No documento são citados vários exemplos, dois dos quais no distrito da Guarda (Sabugal, onde a autarquia destina 120 mil euros às duas corporações do concelho e suporta a aquisição de viaturas; e Pinhel, com subsídio de 30 mil euros e compra de viaturas), e é feita uma longa explicação dos motivos.
Explicação que, no entanto, os presidentes das corporações se recusam a dar de viva voz.
Contactados esta tarde pela Rádio, Luís Borges (da Guarda), Pedro Pires (de Gonçalo) e António Fontes (de Famalicão da Serra) não quiseram prestar declarações, nem para repetir o conteúdo do comunicado ou explicitar as razões que levaram à tomada de posição conjunta. Apenas garantem que o documento é verdadeiro e vincula as três associações. Há, no entanto, um acordo entre os dirigentes para não falarem publiciamente sobre o assunto. Um acordo que nenhum quis rever, apesar da insistência por parte da Rádio.