O governo abre a porta à possibilidade de os sistemas de água em baixa – a que chega à rede pública – seram concessionados. O secretário de Estado do Ambiente deixou esse desafio, numa reunião com autarcas e representantes da quase extinta empresa Águas de Lisboa e Vale do Tejo, que tem formalmente sede na Guarda. Carlos Martins dá inteira liberdade aos municípios para se agruparem e construírem um modelo de negócio de venda da água que pode passar até pela entrega da exploração ao sector privado. Entretanto, o Estado quer dividir o gigante das “Águas de Lisboa e Vale do Tejo”, que congrega 80 autarquias do Centro e Sul do país, da fronteira até ao litoral, em dois sistemas. Reveste assim agregação, em 2015, de oito empresas (entre elas a Águas do Zêzere e Côa), que deu origem ao maior dos cinco sistemas criados em todo o país. Mas haverá contrapartidas: as autarquias da área metropolitana de Lisboa vão ter de somar à água que compram para se abastecerem uma indemnização compensatória de 30% aos municípios com menor densidade populacional – onde a água é captada e armazenada.
Oiça aqui: