O PSD até até pode ter conseguido, durante a discussão na especialidade, uma maioria para a aprovação da proposta de redução em 50% do preço das portagens nas autoestradas do Interior. Mas no mesmo dia, no momento da votação final global do Orçamento de Estado para 2021, o maior partido da oposição «votou contra, incluindo a própria proposta». Por isso, tratou-se de «uma jogada de puro oportunismo político, que é demagógica, irresponsável e populista».
É assim que o deputado do PS eleito pela Guarda, Santinho Pacheco, reage às críticas de que os parlamentares socialistas têm sido alvo por parte das estruturas distritais social democratas, por terem votado contra o corte no valor pago pelo utilizador.
«O PSD já esteve no Governo e nunca baixou as portagens e nem o faria agora se não fosse oposição», diz Santinho Pacheco, considerando que o que ocorreu na Assembleia da República foi uma «troca de cromos», em que o PSD fez«um contrato com o Bloco de Esquerda», no qual as portagens foram negociadas como contrapartida «à votação sobre a questão do Novo Banco».
A efectiva entrada em vigor das reduções ainda estará por confirmar, mas o deputado do PS deixa um alerta: «o barato pode vir a sair caro». Isto porque se tratou de uma decisão sem compensação orçamental, que se resume a «cortar cegamente as receitas e aumentar drasticamente as despesas».
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