O presidente da Câmara de Pinhel, que lidera uma corrente alternativa à actual liderança distrital do PSD, acusa o cabeça de lista às eleições do passado domingo e presidente da Comissão Política Distrital, Carlos Peixoto, de não ter tido a coragem de assumir as responsabilidades pela «maior derrota de sempre». Desde 1976 que o partido não tinha uma votação tão baixa. Mas ao invés de interpretar os resultados, o reeleito deputado preferiu manter uma postura de «guerrilha» [ver notícia anterior aqui], acusa o autarca. Rui Ventura contesta os argumentos de Carlos Peixoto e recorda que nos concelhos de onde são originários os elementos que integraram a lista o PSD perdeu, enquanto em Pinhel (onde a estrutura social-democrata terá agido em «contravapor», na acusação do líder distrital, na sequência do afastamento da deputada Ângela Guerra) houve uma folgada vitória. O que falhou foi a própria estratégia do cabeça de lista, focada nos próprios interesses, afirma Ventura. Pede, por isso, uma «reflexão» aberta aos militantes, após a qual o partido terá de ponderar o futuro. Para já, e sem essa análise interna, o presidente da Câmara de Pinhel não pede a demissão de Carlos Peixoto nem diz se será candidato ao lugar. Até porque o PSD tem no horizonte imediato a escolha de um novo líder nacional. Rui Ventura manifesta o público apoio à candidatura de Luís Montenegro. É a pessoa certa para «juntar os cacos» de um partido que Rui Rio desuniu, conclui.
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