O presidente da Comunidade Intermunicipal Beiras e Serra da Estrela, Luís Tadeu, explicou à Rádio que o corte nos apoios à aquisição de passes nos transportes de passageiros, que vai entrar em vigor no dia 1 de Setembro, será apenas «temporária».

O conselho intermunicipal, formado pelos 15 presidentes de câmara, deliberou que o desconto (que até agora era de 40 por cento nos passes normais e de 60 por cento para menores de 23 anos ou maiores de 65 e fazia parte do programa de apoio à redução tarifária iniciado na Área Metropolitana de Lisboa e depois alargado ao resto do país através das comunidades intermunicipais) vai passar a ser de 50 por cento, mas apenas para pessoas em condição economicamente carenciada.

A decisão teve de ser tomada, explica Luís Tadeu, porque as empresas de transporte rodoviário de passageiros estavam a pedir valores que a comunidade considera «incomportáveis».

O problema surgiu devido às medidas de restrição da circulação e lotação dos transportes, como medida de prevenção contra a pandemia. As operadoras, que passaram a garantir serviços essenciais, registaram défices tarifários pelos reclamam ser compensadas.

A Comunidade Intermunicipal passou a ser autoridade gestora de rede de transportes na região, com um orçamento de 600 mil euros para garantir o serviço nos 15 concelhos.

Porém, esta dotação não contempla os custos com a situação extraordinária que teve impacto a partir de Março. As negociações com as empresas, com vista a um acordo, já tiveram início e a CIM pede ao Governo um reforço das verbas para este efeito.

Até lá, o corte nos descontos foi a forma encontrada para não agravar o défice tarifário nem comprometer a continuidade do serviço. Luís Tadeu estima que no final no corrente ano as reduções que estavam em vigor possam ser retomadas.

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