Uma espécie de «chupeta» para silenciar um candidato a candidato à câmara da Guarda pelo Partido Socialista, que já teria convencido toda a estrutura concelhia a apoiá-lo, mas que estaria longe de ser a escolha do PS distrital e do PS nacional.
Foi assim que um dos comentadores políticos da Rádio classificou a nomeação de António Monteirinho (presidente da concelhia socialista) para vogal executivo do novo Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde da Guarda.
Em mais uma edição – entre temporadas – do programa de debate político “Quarto Poder”, Tiago Saraiva Gomes lamentou esta lógica de aparente «porto de abrigo» para ancorar politicamente «quem já estava a falar demais».
Pedro Pires, o outro comentador do programa, tem um ponto de vista diferente: algum cunho político no conselho de administração da ULS era necessário, tendo em conta a matriz essencialmente técnica da anterior equipa.
Além disso, argumenta, quem agora critica o Partido Socialista pela politização da Unidade Local de Saúde devia olhar para um passado não muito distante. E ter um cartão partidário não pode ser factor de preferência, mas também não deve ser critério de exclusão, afirma.
Pedro Pires também assinala ainda que o PSD (que tomou posição pública sobre a nomeação do conselho de administração da ULS), vive numa duplicidade devido aos dois papéis que Carlos Condesso exerce actualmente na cena política: o de chefe de gabinete do presidente da Câmara da Guarda e o de presidente da comissão política distrital social-democrata.
As críticas à nomeação do novo conselho de administração da ULS foram mais um exemplo dessa incoerência que faz lembrar um velho quadro de Revista à Portuguesa, ironiza o comentador político.
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