Candidato à Federação distrital do PS, mas com muitas contas por ajustar na Guarda: com a concelhia, com a vereadora independente eleita pelo Partido Socialista e com deputados na Assembleia Municipal. Na entrevista à Rádio logo a seguir à apresentação pública da candidatura [ver notícia anterior aqui], António Saraiva acusa o presidente da secção local da Guarda de não ter contado toda a história sobre o processo de indicação de candidatos a deputados. João Pedro Borges chegou a acusar o agora candidato a líder distrital de «traição» [ver notícias de Julho de 2015 aqui], por ter aceite o quarto lugar quando alegadamente teria assumido com a concelhia o compromisso de exigir uma das três primeiras posições. Mas António Saraiva nega tal acordo e adianta que «a história não está devidamente contada e é uma questão que nos devidos sítios será analisada». O arquitecto também quer tirar a limpo o silêncio da bancada do PS na Assembleia Municipal, quando foi votada a proposta de Álvaro Amaro para a extinção da Agência para a Promoção da Guarda, da qual foi fundador e gestor : «Essa é outra questão em que ainda está a história também por contar». Se for eleito, Saraiva deseja igualmente que a oposição na Câmara da Guarda seja menos desequilibrada no que toca à prestação dos dois vereadores: se, por um lado, referindo-se a Joaquim Carreira, reconhece que «temos ouvido uma voz muito firme e com uma presença constante», já em relação à independente Graça Cabral (que assumiu o cargo após o pedido de suspensão de José Igreja) admite que a advogada tem protagonizado uma intervenção «mais leve» e que «numa ou noutra questão poderia ter um outro desenvolvimento». O antigo presidente da concelhia dá no entanto como quase certo que os socialistas conseguirão recuperar a Câmara da Guarda nas eleições do próximo ano. A estratégia já tem pressupostos: «Aliando ao Partido Socialista a população da Guarda e criando uma equipa capaz e com o PS unido, seremos vitoriosos». Quanto a escolhas para lugares de confiança política em que o presidente da federação socialista é chamado a pronunciar-se, agora que o PS está no governo, António Saraiva espera que seja ainda José Albano a dar essas indicações. A começar pela Unidade Local de Saúde, onde, de qualquer forma, sublinha que é ao ministro da Saúde que cabe tomar a decisão de substituir toda a actual equipa ou apenas parte dela. Ou de nem sequer fazer mexidas – um cenário que não afasta. Em caso de mudança, o candidato vê três perfis possíveis: um gestor, um médico ou um administrador de carreira. Mas não diz qual prefere nem adianta nomes. O importante é que «conheça a área, que saiba quais são as necessidades e que queira defender os interesses da população».
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