O presidente da Câmara de Seia já tinha dado conta das razões de queixa, no discurso da tomada de posse do terceiro mandato. Carlos Filipe Camelo está no cargo desde 2009 (um ano depois da criação da Unidade Local de Saúde da Guarda, que contou com a integração do Hospital Senhora da Assunção) e diz que o modelo que resultou da agregação de todas as unidades de saúde do distrito não beneficiou Seia. Ontem, no debate na especialidade do Orçamento de Estado para 2018, com o Ministro da Saúde, o deputado Santinho Pacheco também levantou o problema. O parlamentar socialista alegou que o Hospital de Seia tem estado a ser prejudicado e questionou Adalberto Campos Fernandes sobre outra eventual solução, que passe eventualmente pelo fim da ULS ou pela autonomização da unidade hospitalar. Santinho Pacheco também questionou o ministro da Saúde sobre a construção da segunda fase do Hospital da Guarda. Ângela Guerra, a deputada do PSD pela Guarda que integra a comissão parlamentar que ontem os responsáveis governamentais pela área da Saúde, confrontou o ministro com aquilo que diz ser o desinvestimento orçamental na ULS. Adalberto Campos Fernandes não respondeu diretamente a nenhum dos representantes da Guarda e apenas mencionou de passagem a continuação das obras no antigo bloco de urgências do Hospital Sousa Martins. Mas garantiu ter uma política de saúde «para o Portugal do Interior». E confirmou a criação de unidades de radioterapia em Viseu e em Vila Real.
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