(Notícia actualizada)
Maria Antónia Almeida Santos é o segundo nome da lista de candidatos do PS pelo círculo da Guarda às eleições legislativas de Outubro.
A Rádio sabe que há um consenso entre os órgãos nacionais e distritais à volta da indicação da actual deputada, que é filha de António Almeida Santos, histórico socialista natural do concelho de Seia e primeiro presidente da Assembleia Municipal da Guarda.
A presidente da Comissão Parlamentar de Saúde – que neste mandato é deputada por Lisboa e entre 1999 e 2011 foi eleita por Coimbra – entra assim na lista da Guarda através da chamada quota nacional, por indicação do secretário-geral António Costa.
Maria Antónia Almeida Santos acaba por não ser mal recebida na estrutura distrital, na medida em que a solução encontrada coloca em primeiro lugar uma figura natural e residente no distrito, que é Santinho Pacheco (ver notícia anterior aqui).
O último governador civil da Guarda era um nome assente em Lisboa para concorrer em lugar elegível. Mas numa das versões propostas pela direcção nacional surgiria em segundo, atrás de Edite Estrela, na fase em que a antiga presidente da Câmara de Sintra era dada como certa a encabeçar a lista pela Guarda (ver notícia anterior aqui).
As negociações entre Lisboa e a Guarda – ou, rigorosamente, entre Lisboa e Celorico da Beira – fizeram cair este cenário. Não surgindo Edite Estrela mas sim Maria Antónia Almeida Santos na lista, a filha do antigo presidente do partido não se importará de ser candidata em segundo lugar, deixando a Santinho Pacheco a liderança da equipa e permitindo à estrutura distrital socialista afastar o estigma do paraquedismo, que já tinha ditado a indicação de cabeças de lista não residentes em anteriores eleições (Paulo Campos em 2011, Francisco Assis em 2009 e Joaquim Pina Moura em 2005 e em 2002).
Desse ponto de vista, a designação de Santinho Pacheco é apresentada pelo PS distrital como «histórica».
A discussão – que deverá estar ao rubro nas próximas horas – tem agora a ver com os nomes que se seguem. Hoje reunem em Celorico da Beira o secretariado da federação e a comissão política distrital do PS e deverá então ser aprovada a ordem final da lista de candidatos..
A luta da concelhia da Guarda, neste momento, já é no sentido de conseguir a nomeação para o terceiro lugar.
Ontem à noite, a comissão política concelhia da Guarda aprovou formalmente o nome que indicou à federação: o presidente, João Pedro Borges. Mas há igualmente a disponibilidade manifestada pela esposa deste dirigente e antiga deputada, Rita Miguel, pelo coordenador da extinta Agência para a Promoção da Guarda, António Saraiva, e pelo antigo director regional do INATEL, António Carlos Santos.
Um deles deverá figurar na lista de candidatos do PS pelo distrito. Resta saber se em terceiro ou em quarto lugar. É que, apesar de ultrapassada a questão da quota feminina, há a forte possibilidade da inclusão de Olga Marques – antiga presidente federativa das mulheres socialistas e irmã do presidente da federação – em número três. Nesse caso caberá o quarto lugar a um dos nomes da capital do distrito.
No entanto, a concelhia da Guarda terá feito saber, na mesma comunicação aos órgãos distritais, que só aceitaria figurar em segundo ou em terceiro lugar, fazendo depender dessa condição a inclusão na lista final. Mas isto apenas no que diz respeito à proposta formal, ou seja, a do nome de João Pedro Borges. No caso de o terceiro lugar ficar reservado para Olga Marques, o presidente da estrutura da Guarda poderá recusar integrar a lista. Mas não é de afastar a possibilidade de algum dos outros nomes – designadamente António Saraiva ou António Carlos Santos – aceitar figurar em quarta posição. É este, afinal, o lugar que o mesmo António Carlos Santos já preencheu na lista candidata em 2011.
Quanto a José Albano Marques, confirma-se que está afastada a candidatura a deputado do presidente da federação do PS, tendo em vista o protagonismo nas eleições autárquicas de 2017 em Celorico da Beira.
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