Estão a dar que falar as declarações do vereador do PS, Joaquim Carreira, no final da última sessão da Câmara da Guarda, sobre a encomenda do projecto de remodelação da Rua do Comércio ao arquitecto João Madalena, que segundo o eleito socialista terá sido um activo apoiante da candidatura do agora presidente da autarquia, Álvaro Amaro (ver notícia aqui). O assunto foi comentado hoje na edição semanal do "Quarto Poder", o programa de debate político da Rádio. Tiago Gonçalves acusa o vereador de trazer para o espaço público o que classifica como «conversa de tasca» e questiona Joaquim Carreira sobre o próprio fornecimento de serviços à Câmara, durante anteriores mandatos de maioria PS. Esmeraldo Carvalhinho reconhece que «não é mau, nem é pecado, nem é crime entregar um projecto a alguém que apoiou a candidatura» da actual maioria PSD/CDS. É «o hábito» que pode levar a «clientelas», diz, ressalvando que «ainda não é o caso» e que há outras matérias que mereceriam neste momento a atenção da bancada socialista. Porém, admite que o papel de Joaquim Carreira não é fácil, por se tratar da «única voz da oposição» neste momento, num partido onde – afirma – alguns militantes «vivem mudos e calados, a gerir o silêncio», à espera «que caia alguma coisa».
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