Desde maio deste ano a Pousada da Juventude da Guarda, integrada na Rede Nacional de Pousadas da Juventude, tem tido uma ocupação entre os 35 e 40 por cento. Os dados foram revelados a O INTERIOR pelo presidente da Movijovem, Miguel Perestrelo, para quem faz «todo o sentido» reabrir um espaço de alojamento alternativo num «território de baixa densidade» como a Guarda.
O edifício fechou portas em 2012 por falta de condições e de procura, mas depois de uma requalificação de «quase 100 mil euros», a unidade voltou a funcionar a partir de maio deste ano, tal como as Pousadas de Vila Real e Portalegre, por decisão do Governo. Até agora, a taxa de ocupação da Pousada da Juventude da Guarda é da ordem dos 40 por cento e pode ser considerada «baixa em termos médios», em comparação com a taxa nacional das Pousadas da Juventude, mas o responsável justifica os números pelo «encerramento prolongado do estabelecimento» e acrescenta que agora «a Pousada guardense está a crescer».
O presidente da Movijovem destaca a importância de «ter a pousada em funcionamento numa zona do interior do país onde há necessidades quer do ponto de vista da mobilidade juvenil, quer do alojamento estudantil». Além disso, o equipamento «atrai visitantes de todo mundo e a prova disso é que o primeiro cliente da Pousada da Juventude da Guarda, depois da reabertura em maio, foi um rapaz chileno que viaja pelo mundo de mochila às costas», revela Miguel Perestrelo. «Curiosamente, este chileno foi um dos clientes que atribuiu nota máxima a todos os serviços e instalações aquando da avaliação de satisfação», acrescenta.
Segundo as opiniões online, os clientes têm estado «bastante satisfeitos» com as condições da Pousada da cidade mais alta. Miguel Perestrelo adianta que a Movijovem pretende «fazer uma avaliação mais profunda da procura no final do Verão», mas, por enquanto, «as expetativas iniciais estão a ser superadas» e até ao final da época a taxa de ocupação poderá aproximar-se da taxa nacional, que este ano está fixada nos «47 por cento». Num apanhado geral, o presidente da Movijovem acredita que o investimento realizado, na ordem dos «100 mil euros», proporcionou à Pousada de Juventude da Guarda «todas as condições e acessibilidades». «A notoriedade internacional começa a ser cada vez maior e, portanto, num futuro próximo a taxa de ocupação do estabelecimento vai ser bastante superior à atual», perspetiva Miguel Perestrelo.
A Pousada da Juventude da Guarda tem atualmente 16 quartos, divididos em quatro duplos com casa de banho, dois quartos duplos com casa de banho partilhada e 10 quartos múltiplos com quatro camas, para um total de 52 camas. A abertura da Pousada permitiu ainda a criação de sete postos de trabalho.