Dois partidos da oposição reagem de maneira diferente à contratação, pela Câmara da Guarda, da empresa que tem como única sócia a mandatária para a juventude da campanha de Álvaro Amaro. O Bloco de Esquerda anuncia que vai pedir explicações na próxima Assembleia Municipal, marcada para 29 de Abril. Marco Loureiro reconhece não existir ilegalidade no processo mas diz que politicamente o assunto sugere perguntas, desde logo pelo facto de o actual presidente da Câmara se referir constantemente ao «excesso de pessoal» da autarquia. Mas o PS, que votou favoravelmente o parecer prévio, em Fevereiro, mantém a posição, mesmo depois de saber que foi Joana Malaca a contratada. «Não se pode excomungar ninguém por ser apoiante do actual poder», diz o vereador José Igreja, que reconhece mesmo vantagens nesta contratação e admite que o valor que a Câmara declara que vai suportar directamente – cerca de 250 euros mensais – não é relevante. Quanto à possibilidade de se tratar do pagamento de um favor político, o candidato socialista nas últimas eleições considera que «ainda é cedo para se poder acusar alguém, após seis meses de governo da Câmara da Guarda». Álvaro Amaro explicou o processo esta segunda-feira, na sessão do executivo, assumindo a escolha de Joana Malaca mas garantindo que se trata de uma candidatura tripartida – da Câmara, do Turismo do Centro e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional – na qual caberá à autarquia suportar apenas 15% dos custos do contrato, num total de 17.050 euros acrescido de IVA.
Oiça aqui: