O Secretário-geral da Federação Nacional de Professores (FENPROF) esteve esta sexta-feira na Guarda, horas depois da reunião de negociação suplementar com o Ministério da Educação sobre o processo de recuperação do tempo de serviço dos professores.
Recorde-se que a FENPROF, ao contrário da Federação Nacional de Educação, não assinou o acordo de 21 de maio, alegando entre outros aspetos, que «mais de 13 mil professores não são abrangidos pela recuperação desse tempo de serviço».
Mário Nogueira veio explicar os contornos da reunião que classificou de «muito útil», dizendo que «permitiu esclarecer algumas dúvidas» suscitadas pelo documento assinado com outras organizações sindicais, bem como, «a possibilidade de corrigir algumas das injustiças do futuro diploma». Segundo Mário Nogueira, é o que acontece com os docentes que há mais tempo garantem o funcionamento das escolas e que «tendo perdido o tempo de serviço dos congelamentos, agora nada recuperam ou só recuperam parte, sem qualquer compensação na aposentação». Outro aspeto tem a ver com os mais jovens, que «não tendo perdido tempo de serviço, devido à não abolição das vagas, ficarão sujeitos a perder tempo no futuro, o que em nada contribui para a indispensável atratividade da profissão docente».
E se agora «houve essa abertura» do Ministério para melhorar o documento, Mário Nogueira lamenta que, a 21 de maio, algumas organizações sindicais tenham assinado um acordo com o Ministério da Educação «sem que tivessem sido esgotadas todas as vias possíveis para a melhoria do documento». Uma situação que, na opinião de Mário Nogueira, «comprometeu e limitou a ação da FENPROF e das outras organizações que quiseram levar a negociação até ao limite», com o objetivo de «obter o melhor acordo possível».