«Hoje, foi a vez de Diana Monteiro bater com a porta. Quem será o próximo?». É assim que a concelhia da JSD da Guarda reage à demissão de Diana Monteiro da vereação da Câmara.
Em comunicado enviado ao ALTITUDE, a secção liderada por Francisco Robalo manifesta «a mais profunda preocupação em relação à estabilidade política e governativa» da autarquia, considerando que a Guarda «não tem rumo, estratégia de longo prazo e influência regional e nacional para captar investimentos e fixar pessoas. Com este executivo, o nosso concelho está, politicamente, à deriva».
A JSD acrescenta que «o problema é muito maior e vive-se no núcleo duro da governação», realçando que «a descrença no projeto político não é só da oposição e dos cidadãos. É também das pessoas que se apresentaram a eleições pelo Movimento “Pela Guarda”». Os jotas “laranja” recordam que Diana Monteiro já tinha sido anteriormente «demitida» ao não ser nomeada vice-presidente da Câmara. «Uma vez eleita pelo povo em segundo lugar na lista do movimento independente, o presidente Sérgio Costa não lhe confiou o cargo de vice-presidente, passando Amélia Fernandes (nº 3 da lista) a ocupar essa posição. Um péssimo indicador que jamais poderá ser ignorado», refere a JSD.
«A demissão da vereadora com o pelouro da Divisão Financeira e Aprovisionamento antes da apresentação e debate do Orçamento Municipal é sintomática do caos político e governativo que se vive na Câmara da Guarda», sublinha a Juventude Social-Democrata guardense, afirmando que a situação dá «uma imagem de falta de credibilidade e irresponsabilidade total deste órgão» e «parece um verdadeiro ato de retaliação política propositada, e no pior momento possível».
Consumada a primeira demissão na maioria relativa do “PG” no executivo guardense, a JSD diz que «não poderia haver pior momento político para uma demissão deste tipo», que terá «apanhado de surpresa» Sérgio Costa.
«São vários os setores sem chefia de divisão e inúmeros os funcionários que pediram mobilidade para outros serviços porque entenderam, seguramente, na sua esmagadora maioria, que a Câmara não tem liderança e objetivos definidos», prosseguem os jotas do PSD, que aconselham o presidente da autarquia a «tomar – já – idêntica atitude, a bem da salvaguarda da própria dignidade». «Tenha a coragem de assumir que falhou – por incapacidade e más companhias. Poupe a Guarda e os que aqui resistem ao espetáculo degradante da morte lenta de uma maioria minoritária que já não acrescenta nada. Só subtrai», critica a JSD.