Gastos quase 8 milhões de euros em serviços rodoviários alternativos à Linha da Beira Alta - Rádio Altitude

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A CP – Comboios de Portugal já gastou 7,9 milhões de euros na contratação de autocarros que operam na Beira Alta, entre Coimbra e Guarda, como alternativa à linha ferroviária, que desde abril de 2022 está encerrada para obras, da responsabilidade da IP – Infraestruturas de Portugal, revelou o “Público”.

O diário refere que são estimados prejuízos de, pelo menos, sete milhões de euros por não poder operar com os seus comboios na Beira Alta. Relativamente às mercadorias, a IP não revelou o valor de compensações já pagas à Medway e à Captrain (antiga Takargo) por estas não poderem operar na ligação entre a Pampilhosa e Vilar Formoso. Apenas a Associação Portuguesa de Empresas Ferroviárias (APEF) referiu que esse valor «é exclusivamente para suportar o acréscimo de custos incorridos com o desvio pela Beira Baixa, considerando os comboios que eram realizados antes do encerramento», que estava previsto durar apenas nove meses. A IP antecipa a reabertura da linha para novembro.

«O atraso excessivo das obras tem sido extremamente prejudicial porque a IP não suporta nenhum novo comboio que pretenda circular pela Beira Alta e que o tenha de fazer pela Beira Baixa enquanto exista o encerramento», referiu ainda a APEF. A Linha da Beira Alta é considerada um dos principais canais para as exportações e importações das mercadorias em Portugal. As obras de modernização e de aumento de capacidade representam um investimento de cerca de 600 milhões de euros, integrado no programa Ferrovia 2020.

No entanto, conforme O INTERIOR noticiou no início deste mês, a reabertura da Linha da Beira Alta foi adiada por mais oito meses. Em janeiro do ano passado esperava-se que os comboios voltassem a passar no Verão de 2024, mas já se sabe que a via vai continuar fechada até janeiro de 2025.

Desta vez, o problema e razão para o adiamento da reabertura á circulação será um túnel no concelho de Mortágua, de 542 metros de extensão, mas não só. O túnel foi renovado integralmente, mas passados dois anos, com a linha encerrada, os empreiteiros perceberam que a distância entre as paredes do túnel tinha diminuído. A intervenção no sistema de drenagem poderá estar na origem da situação. Segundo o “Público”, a acumulação de água no local estará «a causar instabilidade» e há mesmo uma casa afetada, «que se afundou uns centímetros».

Além disso, o jornal indica um outro fator para os atrasos na reabertura da Linha da Beira Alta: existe «um contrato de 6 milhões de euros para instalar o sistema de sinalização com um prazo de execução de 320 dias», ou seja, se hão houver atrasos, a sinalização estará concluída em 2025. A via, a principal ligação ferroviária à Europa, está a ser alvo de obras de modernização desde 2019. A reabertura da via esteve prevista para 12 de novembro de 2023, mas em setembro último foi anunciado um novo adiamento. Em abril de 2022 o troço entre a Pampilhosa e a Guarda foi encerrado para permitir a realizar dos trabalhos sem circulação de comboios. Esta interdição devia ter durado nove meses, mas desde então todos os prazos não têm sido cumpridos.

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