Um grupo de entusiastas dos caminhos-de-ferro pretende activar “para fins turísticos e de lazer” um troço desactivado de nove quilómetros da linha do Douro, que liga o cais fluvial do Pocinho à estação do Côa, no concelho de Vila Nova de Foz-Côa.
Os aventureiros do denominado grupo “The Braves Ones”, que junta entusiastas dos caminhos-de-ferro da região Norte, têm feito sucessivas limpezas do percurso naquele troço de ferrovia, o único do percurso de cerca de 30 quilómetros até Barca D’Alva que se encontra transitável através de pequenos veículos.
«Só estes primeiros nove quilómetros é que têm potencial para a circulação», dado que daí para a frente «houve derrocadas e furtos de dezenas de metros de carris», refere José Costa, um dos fundadores, à agência Lusa.
«Desde 2017 que temos realizado aqui muito trabalho. Começámos por fazer a limpeza do troço de nove quilómetros, entre o Pocinho e estação do Côa, onde temos vindo a melhorar as condições da via», explica.
Os entusiastas do caminhos-de-ferro pretendem chamar a atenção para o estado desta via ferroviária que «tem um elevado potencial turístico e histórico».
Na linha estão a ser testados dois veículos artesanais que podem servir de ensaio para outras composições ferroviárias do género.
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