O dirigente sindical José Pedro Branquinho foi condenado pelo Tribunal da Guarda a pagar 840 euros de multa (mais custas judiciais) por ter participado na manifestação junto às cerimónias militares do 10 de Junho de 2014, na Guarda, que ficaram marcadas pelo desmaio do Presidente da República da altura, Cavaco Silva [recordar aqui]. A Justiça considerou a acção ilegal: sem fazer referência ou atribuir relação com a indisposição do chefe de Estado, o Tribunal deu como provado o crime de desobediência qualificada, porque nenhum dos participantes nessa manifestação fez chegar às autoridades uma “comunicação por escrito” da realização do protesto com “pelo menos dois dias úteis de antecedência”, de forma a “garantir a ordem e a tranquilidade públicas”, lê-se na sentença a que a Rádio teve acesso. José Pedro Branquinho, que é dirigente da União de Sindicatos da Guarda, contrapõe que estava num local de acesso livre ao público, onde protestar era tão legítimo como aplaudir. Recusando acreditar que se trata de uma tentativa de limitar a liberdade de manifestação, vai recorrer para a Relação de Coimbra.
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