A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro acaba de chumbar o financiamento para a requalificação do chamado pavilhão 5 (das antigas urgências) onde era suposto passar a funcionar o Departamento de Saúde da Criança e da Mulher, que concentraria o bloco de partos, as urgências obstétrica e pediátrica e as unidades de neonatologia, pediatria e ginecologia. Trata-se de um projecto submetido pelo anterior conselho de administração da Unidade Local de Saúde da Guarda em Outubro de 2016 – o mesmo que levou a deputada socialista Maria Antónia Almeida Santos a questionar, poucos dias depois, o ministro da Saúde. Já em Maio do corrente ano, na entrevista que deu à Rádio quando cessou funções, o então presidente da ULS, Carlos Rodrigues, garantia que a obra fazia parte do plano de investimentos da Administração Regional de Saúde do Centro e que seria financiada pelo quadro comunitário Portugal 2020. Mas a CCDR, que gere os fundos do Programa Operacional do Centro, comunicou há poucos dias o chumbo do financiamento. São vários os motivos invocados, entre eles a ausência de parecer por parte do próprio ministério (não através da ARS do Centro mas da Administração Central dos Sistemas de Saúde) e a falta de sustentabilidade do projecto económico e financeiro então apresentado. O actual conselho de administração fica assim com o problema entre mãos. Contactada pela Rádio, já esta tarde, a presidente, Isabel Coelho, não quis prestar declarações gravadas. Mas a posição da equipa a que preside há menos de dois meses é a de ser alheia ao plano apresentado em 2016. A ULS lamenta a decisão que agora recebeu, por colocar em causa o acesso à Saúde, a comodidade dos utentes e a melhoria das condições de trabalho para os profissionais. E garante que vai recandidatar a obra, através de um programa funcional reorganizado e que cumpra os critérios para ser financiada.
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