O presidente da comissão política distrital do CDS, Henrique Monteiro, anuncia que não vai assinar nenhuma coligação pré-eleitoral com o Partido Social Democrata para os catorze concelhos do distrito. Mesmo nalguns onde haviam começado as negociações. A justificação está na falta de respeito institucional que o PSD manifestou em algumas situações. O dirigente centrista aponta o caso da Meda como o mais evidente: há 4 anos o CDS elegeu dois vereadores para o executivo com cinco lugares e o PSD apenas um, com metade dos votos. Mas os social-democratas queriam agora liderar a possível coligação, o que para o CDS era uma condição inaceitável.
Afastada fica, por isso, também a renovaçãoi da coligação na Guarda. No final do ano passado, quando foi o convidado da grande entrevista da Rádio, Henrique Monteiro ainda admitia que estavam abertas todas as possibilidades ao entendimento e considerada que situações menos bem resolvidas ao longo do mandato superavam-se com diálogo.
O dirigente garante que não estavam em causa as negociações com os lugares nas listas e diz também que os embaraços na coligação “Guarda com Futuro” – como a que representou o voto de alguns deputados centristas ao lado do PS na questão do IMI na Assembleia Municipal – estavam superados. Mas o fim do acordo «é irrevogável».
O CDS apresentará assim candidato próprio à Câmara da Guarda e abre as listas «a independentes e a descontentes de outros partidos». Mas afasta qualquer entendimento com o PS. «Seria contranatura em termos políticos», esclarece Henrique Monteiro.
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