Todas as bancadas da Assembleia Municipal, bem como a do executivo da Câmara, foram quase apanhadas de surpresa pela presença de quatro alunos do ensino secundário a participar na sessão desta quinta-feira. A Rádio tinha avançado a notícia na véspera [ver aqui] mas mas a nenhum dos grupos municipais tinha sido formalmente comunicado que os estudantes iriam intervir antes dos trabalhos. Mais uma vez a presidente da Assembleia promoveu um período antes da ordem do dia, para o qual também já tinha chamado, na reunião de há três meses, representantes do dispositivo de protecção civil. Cidália Valbom anunciou ontem que vai fazer com que se torne prática habitual. E quando interpelada pelo líder da bancada do Partido Socialista, António Monteirinho (que acabou por exprimir a surpresa geral, lamentando mesmo a forma reservada como o momento foi preparado), a presidente confirmou que a intenção é motivar a participação espontânea de cidadãos, no período destinado às intervenções público. E defendeu, nesta lógica, o secretismo em torno dos convites que tem feito. Os alunos indicados pelos agrupamentos do ensino público (de Afonso de Albuquerque e da Sé), pela Escola Profissional e pelo Outeiro de São Miguel viram-se assim envolvidos num “segredo”, que começa a ser desvendado nesta nova fase de afirmação política da Assembleia Municipal, patente – por coincidência ou não – desde que Álvaro Amaro abandonou a presidência da Câmara.
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