Tinha-se comprometido a anunciar uma decisão até ao final de Janeiro e cumpriu: Álvaro Amaro recandidata-se ao segundo mandato como presidente da Câmara Municipal da Guarda. A contingência de ter sido desafiado a concorrer em Coimbra não o dividiu, garante: apenas precisou de «ponderar em liberdade». E assim, na mesma sala onde, a 8 de Abril de 2013, declarou que «quero ser o próximo presidente da Câmara da Guarda», confirmou a 30 de Janeiro de 2017 que «quero continuar a ser presidente da Câmara da Guarda». Fê-lo diante do mesmo cenário mas perante uma moldura diferente: aos militantes e simpatizantes do PSD juntaram-se agora dirigentes e técnicos da autarquia e vários presidentes de juntas eleitos pelo PS. Visível foi ausência da vereadora do CDS, Ana Isabel Batista (o único elemento da maioria que não esteve presente). Mas Álvaro Amaro revelou a conversa mantida durante a manhã, em que terá deixado a eleita centrita à vontade para não comparecer. Este episódio pode tornar mais provável o fim da coligação, na linha, aliás, do desentendimento que vem marcando a relação entre o PSD e o CDS a nível nacional na preparação das próximas eleições autárquicas. No caso da Guarda, embora o presidente recandidato tenha ontem reconhecido o contributo do pequeno partido na vitória de 2013, sublinhou que há quatro anos «faltava um símbolo» na sigla da coligação, correspondente a «um vasto conjunto de pessoas que não se reviam nem no PSD nem no CDS e que queriam votar na minha candidatura». Este ano, sublinhou Álvaro Amaro,apelará a esse apoio dos cidadãos «a dobrar, a triplicar ou a quadriplicar, independentemente do símbolo ou dos símbolos que possam estar no boletim de voto». Isto para dizer que ainda «não é tempo» para falar de coligações ou listas. Certo é que «só eu saberei, só eu decidirei e só eu transmitirei» quem o acompanhará na nova equipa do executivo municipal. E quanto a uma das grandes promessas de há quatro anos (a reabertura do Hotel de Turismo), garantiu que há desenlvimentos.
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