Foi no jantar que assinalou o segundo aniversário da tomada de posse como presidente da Câmara da Guarda que Álvaro Amaro deu início ao tabu sobre a recandidatura em 2017. Perante cerca de quinhentas pessoas – entre militantes e simpatizantes dos partidos da coligação mas também muitos independentes e até eleitos pelo PS em juntas de freguesia – o autarca declarou que «eu não sei» e «não tenho que saber» se irá concorrer a um segundo mandato. Todos os cenários são, por isso, neste momento apenas «especulações», que Amaro pede aos apoiantes que não alimentem. Até porque «de todas quantas eu já ouvi e vamos ouvir, não vale a pena darmos guarida a nenhuma». Todas têm propósitos identificáveis, segundo o cabeça de lista da coligação que em 2013 derrotou o PS: «umas fazem-se com má-fé; outras fazem-se para dividir; outras fazem-se para guerrear; outras fazem-se para tirar o sono a alguns potenciais candidatos». Certo é que, a decidir-se pela recandidatura, Álvaro Amaro já escolheu o slogan: «A Guarda tem mais futuro». É a evolução a partir do «Guarda com futuro» com que se apresentou há dois anos. Falta menos do que isso para as eleições mas é o autarca quem chama a si a gestão do calendário político. Foi também, no fundo, essa a mensagem que quis passar em especial às estruturas partidárias locais. Por agora «eu estou focado naquilo que me preocupa, que é ganhar o tempo que a Guarda perdeu», afirmou. Foi o antigo presidente do PSD, Luís Marques Mendes, quem incentivou Álvaro Amaro a recandidatar-se a pelo menos um novo mandato: «Quatro anos parece-me curto. É bom, muito bom, para dar um sinal de como as coisas estão a mudar e podem mudar ainda mais. Mas é preciso ainda um pouco mais para consolidar e para projectar». Até porque «se há uma terra que marca passo, a outra ao lado não espera».
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