É primeira reacção política ao anúncio de possíveis obras no Hospital da Guarda, feito esta semana pela ministra da Coesão Territorial [ver notícia aqui]. Uma reacção que não poupa críticas ao Governo, por prometer «migalhas» que podem significar o esquecimento definitivo da segunda fase do projecto iniciado em 2009 e cancelado em 2012, mas que o primeiro-ministro tinha garantido, em 2019 (durante a campanha para as eleições legislativas), que iria descongelar.
A comissão política distrital da Juventude Social Democrata toma esta posição dura, antecipando-se, mais uma vez, a quaisquer estruturas do próprio partido, o PSD.
E o presidente, Luís Soares, também não rejeita que a culpa seja de toda «a nossa classe política distrital», que inclui todas forças partidárias, deputados e autarcas, porque «não consegue fazer valer os interesses» da região junto do poder central.
A Guarda não está a ser levada a sério, denuncia o dirigente da JSD, assistindo o distrito passivamente a uma atitude, por parte do Governo, que é de «gozo» para para com os cidadãos, os profissionais de saúde e os doentes, ao anunciar «obrinhas» que nada terão de estrutural, nem correspondem ao projecto que o Partido Socialista prometeu retomar.
Mas mesmo tais «migalhas» e «obrinhas» também não serão para concretizar, acusa Luís Soares. A vinda da ministra da Coesão Territorial teve como única intenção «atirar areia para os olhos» e «desviar as atenções» da «situação caótica» nos serviços do Hospital da Guarda, divulgada a nível nacional através de um vídeo gravado no interior das instalações. A estratégia do Governo, perante uma situação que «envergonhou a Guarda e a Unidade Local de Saúde», foi «vir anunciar coisas».
O foco dos jovens social-democratas está também apontado, de novo, à questão das portagens. Não entrou em vigor, a 1 de Janeiro, o desconto de 50 por cento ( e de 75 por cento para veículos não poluentes) incluído no Orçamento de Estado após proposta do PSD aprovada por larga maioria em fase de votação na especialidade [recordar notícia aqui] e Luís Soares acusa o PS de não querer dar este benefício à Guarda.
O Governo, minoritário, apenas teria de cumprir «a grande vontade política» manifestada na Assembleia da República. Mas recusou fazê-lo, resume o presidente da JSD.
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