O debate “Quarto Poder”, que regressou à Rádio, em edição extra, na passada sexta-feira (com o novo painel em que Tiago Saraiva Gomes se junta a Pedro Pires), também se debruçou sobre a situação do PSD da Guarda.
O comentador Pedro Pires considera que, agora mais do que nunca, o partido que tem o poder na Câmara atravessa uma profunda divisão. E que um dos problemas do PSD continua a ser a “sombra” de Álvaro Amaro. Há equívocos que o antigo presidente da Câmara permite (ou pretende) que surjam sempre que regressa à Guarda, afirma.
A “mão invisível” do agora eurodeputado estará mesmo presente, nesta leitura política, em escolhas que num passado recente seriam consideradas impossíveis, como a de Pedro Nobre para novo coordenador da bancada do partido na Assembleia Municipal. E, desde logo, na influência que é exercida por interpostas pessoas, sobretudo a presidente daquele órgão autárquico, Cidália Valbom, e o vereador agora sem pelouros e líder da concelhia, Sérgio Costa.
Pedro Pires entende, aliás, que a «estratégia de imolação» que lançaram contra o presidente da Câmara só fará de Carlos Monteiro «o melhor candidato do PSD». O partido e a opinião pública começam a não se rever nas tentativas do presidente da concelhia e da presidente da Assembleia Municipal de mostrarem aos dirigentes nacionais (a qualquer custo) que o sucessor de Álvaro Amaro não pode ser cabeça de lista nas eleições autárquicas do próximo ano.
Por outro lado, o ex-presidente da Câmara tenta «agarrar-se à Guarda» (aos «fiéis seguidores» que ainda tem) como último reduto de uma influência que o analista político da Rádio considera que tem vindo a perder plano nacional.
Para Pedro Pires, a figura de relevo do PSD distrital junto de Rui Rio é agora Carlos Peixoto. E será o deputado a ter um papel fundamental para «desatar o nó» em que o partido se encontra, antevê o comentador.
Tiago Saraiva Gomes assegura, pelo contrário, que «a divisão no PSD da Guarda não é o que parece».
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