Foi uma espécie de aviso, num discurso no encerramento do congresso da federação distrital do PS da Guarda: se António Costa vencer as eleições primárias do próximo dia 28, não terá razões para hostilizar as estruturas que apoiam António José Seguro. À da Guarda, pelo menos, o presidente da Câmara de Lisboa deve um expressivo apoio prestado na noite das eleições autárquicas intercalares de 2007, quando foi eleito pela primeira vez.
Os festejos socialistas na capital foram, então, engrossados por «nove autocarros enviados de Celorico da Beira», revelou o reeleito presidente da federação, e então presidente da concelhia daquela vila, José Albano Marques. Razão que chegue para assegurar a lealdade do PS distrital ao futuro secretário-geral, se for António Costa. Para mais, em 2007 o então receém-eleito autarca de Lisboa «não tinha nada para oferecer».
Aliás, explicou José Albano, naquela altura mais não fez do que corresponder também a um apelo de José Sócrates, para que todo o partido se mobilizasse para Lisboa. Celorico da Beira respondeu à chamada e foi das presenças mais notadas, recorda. O presidente da federação tanto aceita, por isso, o rótulo de 'socrático' como o de 'segurista', sendo certo que a partir do próximo domingo estará ao lado do vencedor. Essa é a essência do espírito de unidade que deseja para o partido.
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