O presidente da concelhia do PS da Guarda minimiza o facto de só haver 44 militantes em condições de votar nas eleições para a federação distrital e apenas 34 que exerceram o voto. Os socialistas da capital de distrito «não se revêem nesta federação e no estado das coisas», interpreta João Pedro Borges, garantindo que os militantes são em maior número e que ultimamente até têm surgido novas inscrições.
Lamenta, contudo, que não tenha aparecido uma candidatura alternativa à de José Albano Marques, «pudesse ou não ganhar, porque não era isso que estava em causa».
O dirigente concelhio aponta a «ambição pessoal» como uma das características do líder distrital, sendo essa, no entender de João Pedro Borges, a razão de José Albano se ter apresentado a novo mandato, mesmo depois dos maus resultados nas eleições legislativas de 2011 e da derrota nas autárquicas na Guarda.
Em relação à perda da Câmara da Guarda, João Pedro Borges considera que «ninguém se pode retirar do que aconteceu», nem mesmo o presidente da federação. Mas reconhece que é sobre a concelhia que recai a responsabilidade de reabilitar o partido depois da pesada derrota. O que não tem sido fácil: «existe alguma desmotivação, não vale a pena negá-lo».
Mas o presidente da estrutura não acompanha o anúncio, feito pelos vereadores socialistas na autarquia, do começo das hostilidades na oposição. Sugere mesmo tempo a ponderação: «nós só queremos ter o poder se acharmos que conseguimos fazer mais e melhor», afirma. «Não vale a pena com um ano de mandato estarmos a extrapolar», refere, defendendo que «vale a pena no final fazermos as contas e percebermos o que está pior e o que está melhor». Mas, repete, «só vale a pena fazermos isso se acharmos que conseguimos fazer mais e melhor pelas pessoas e pelo concelho».
Oiça aqui: