A sessão desta semana da Assembleia Municipal voltou a abordar a candidatura da Guarda a Capital Europeia da Cultura, em especial os custos envolvidos.
O presidente da Junta de Freguesia da Guarda, João Prata, quis saber se é verdade que já foram gastos 400 mil euros com gabinetes de consultoria, na sequência da intervenção do líder socialista, António Monteirinho, na sessão anterior.
Mas o coordenador da bancada do PS levava outro levantamento para esta reunião: as falhas, omissões e erros que diz ter encontrado tanto no estudo de um desses consultores como no relatório intercalar da coordenação da candidatura.
Há monumentos, espaços, estruturas, equipamentos e eventos que não estão listados no levantamento realizado, acusa. A começar, garante, pela própria Sé Catedral da Guarda.
António Monteirinho criticou mais uma vez a falta de informação pública sobre o processo e a ausência de envolvimento da comunidade e de parceiros potenciais.
Do pouco que está descrito, o socialista diz ter descoberto, como projecto estratégico, a construção de uma rede de ciclovias para ligar as 17 sedes de município associadas à candidatura da Guarda a Capital Europeia da Cultura.
Não são indicados os custos previstos. Mas António Monterinho faz um cálculo livre: se a ciclovia de 9 quilómetros ao longo da VICEG está orçada em cerca de 3 milhões de euros, uma estrutura idêntica que venha a ligar Vila Nova de Foz Côa ao Fundão (os extremos do território em causa), passando pelos outros concelhos, nunca custará menos de 120 milhões de euros.
Argumentos que o presidente da Câmara, Carlos Monteiro, refutou.
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