O Partido Socialista pede à maioria PSD na Câmara da Guarda que dê a conhecer o plano estratégico e o orçamento da candidatura da cidade a Capital Europeia da Cultura.
Na sessão da Assembleia Municipal realizada na passada sexta-feira, o líder da bancada do PS, António Monteirinho, fez aquela exigência depois de considerar «escandaloso» o valor de 120 mil euros, acrescido de IVA, que a autarquia vai pagar ao diretor executivo da candidatura, Pedro Gadanho.
O também presidente da concelhia socialista afirmou-se preocupado com o «absoluto défice de informação» relativamente a uma candidatura que considera «um dos projetos estruturantes para a Guarda e para a região».
Critica que «no meio do período da pandemia» tenha sido celebrado, no início de Maio, o contrato da prestação de serviços com Pedro Gadanho, o qual corresponde «pelas contas feitas no período de duração», a um salário mensal «na ordem dos sete mil euros».
Trata-se de «contrato ruinoso» para as finanças municipais, considerou António Monteirinho, questionando que aquele técnico externo «possa auferir o estatuto remuneratório mais elevado do universo do município da Guarda».
Na resposta ao socialista, o presidente da Câmara Municipal da Guarda disse que a contratualização de Pedro Gadanho corresponde à solução encontrada pela Câmara.
O autarca reconheceu que o valor que vai ser pago ao diretor executivo da candidatura «é elevado», mas advertiu que «os bons profissionais fazem-se pagar».
Carlos Chaves Monteiro anunciou ainda que na próxima reunião do executivo, agendada para esta segunda-feira, será dado a conhecer o «relatório intercalar» da candidatura da Guarda a Capital Europeia da Cultura, documento que permitirá responder a algumas das questões suscitadas na Assembleia Municipal.
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