Os comentadores do programa de debate político da Rádio consideram que a nomeação de Jacinto Dias para chefiar os recursos humanos da Câmara Municipal da Guarda é uma jogada política estratégica da parte do presidente, Carlos Monteiro, a pensar nas autárquicas do próximo ano.
Na edição do “Quarto Poder” da passada sexta-feira, Tiago Gonçalves e Pedro Pires concordaram na mais-valia que o histórico social-democrata, por duas vezes director distrital da segurança social, pode representar no plano tanto político como organizacional para um presidente da Câmara que precisa de consolidar o poder e quer ser candidato em 2021.
De resto, a hipótese desta nomeação começou a ser falada assim que Álvaro Amaro deixou a Guarda.
Ganhar ou perder a Câmara depende muito, também, dos votos dos cerca de 600 funcionários e de todos quantos estes ajudam a mobilizar, assinalam os comentadores políticos.
Pedro Pires também faz esta leitura e refere existir «um mal-estar generalizado» entre os quadros da autarquia, que poderá ter consequências negativas para o PSD.
Uma situação que o actual presidente tenta agora reparar com a nomeação de Jacinto Dias para uma área sensível.
Mas este convite também pode ter a ver com o momento que se vive no PSD, com as eleições para a concelhia marcadas para 27 de Junho.
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