Foi aprovado o Programa de Valorização da Serra da Estrela proposto pelo PCP na Assembleia da República para responder às consequências dos incêndios do Verão de 2022,
«É imperioso preparar e executar um conjunto de medidas de planeamento e de gestão do território integrado no Parque Natural da Serra da Estrela», defende o Partido Comunista, cujas propostas assentam na adoção de um Programa de Valorização, «nas dimensões ambiental, social e económica». Repor o potencial produtivo, valorizar as áreas com maior valor conservacionista e erradicar as espécies invasoras, bem como «reforçar a capacidade do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), designadamente com a colocação dos profissionais em falta, o reforço de técnicos superiores, a cobertura das necessidades em sapadores florestais e uma alteração estrutural no Parque Natural», são algumas das ações preconizadas pelo PCP.
Os comunistas sugerem ainda a criação no PNSE de «uma estrutura orgânica, com direção própria, ligada ao território e às populações, em coerência com o projeto de lei do PCP já apresentado, uma solução com a qual o Governo parece estar em sintonia, pelo menos em parte, ao prever para 2025 o restabelecimento de órgãos de gestão alocados a cada uma das áreas protegidas». É também proposto «o desencadeamento do processo de revisão do Plano de Ordenamento do Parque Natural da Serra da Estrela, que inclua a avaliação das alterações no uso do solo e de atividades económicas não tradicionais e a identificação e quantificação das pressões e as ameaças aos valores naturais».
Para «valorizar e proteger» a Serra da Estrela, os comunistas defendem ainda a criação de um regime de apoio excecional para o efetivo pecuário da ovelha bordaleira, da produção de leite e de queijo Serra da Estrela, que deve abranger, designadamente, «a perda de rendimentos pela diminuição da qualidade devido à destruição ou degradação das pastagens».