Na região das Beiras e Serra da Estrela 68,8 por cento da população está satisfeita com a sua vida, ao contrário de 31,3 por cento que estão insatisfeitos. A conclusão é de um estudo da CCDRC – Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Centro, que analisou a Região Centro quanto à satisfação dos residentes sobre a sua vida.
Segundo os dados do documento, nas Beiras e Serra da Estrela a satisfação dos residentes aumentou em 7,6 por cento em comparação com os dados do ano passado. Já olhando para 2014, há 10 anos registou-se o valor mais baixo, quando apenas metade dos residentes da região das Beiras e Serra da Estrela estava satisfeito com a própria vida. Nos últimos anos a satisfação das pessoas tem oscilado, mas os dados de 2024 são os mais positivos dos últimos 11 anos.
Em toda a região centro 73 por cento dos inquiridos sentem-se satisfeitos com a vida que têm, que representa um aumento de 5,5 por cento face a 2023. Assim sendo, em 2024, 11,1por cento dos residentes estão «muito satisfeitos», 61,9 por cento «satisfeitos», 20,5 por cento «não muito satisfeitos» e 6,5 por cento «nada satisfeitos». Face ao ano anterior, destaca-se o aumento da quota dos «muito satisfeitos» e dos «satisfeitos» e a diminuição das quotas dos «não muito satisfeitos» e «nada satisfeitos».
Nesta análise a CCDR-C percebeu que, em toda a região centro, e ao longo dos últimos 9 anos, as mulheres têm-se revelado mais insatisfeitas do que os homens. Olhando para as idades, os mais jovens entre os 25 e os 34 anos são os que se mostram mais satisfeitos com a vida que têm, em contraste com os adultos entre os 55 e os 60 anos, que se sentem menos satisfeitos.
Entre os motivos de satisfação dos inquiridos está a «qualidade de vida e um nível de vida estável, a vida familiar, ter saúde, gostar do local onde reside e ter emprego». Já os menos satisfeitos notam «dificuldades financeiras e custos de vida elevado, problemas de saúde, remuneração e reformas baixas, Governo, Políticas, Serviço Nacional de Saúde, Conciliação trabalho/lazer, Desemprego, Solidão/isolamento, Situação profissional e Serviços de interesse geral», lê-se no estudo.