Os Institutos Politécnicos estão descontentes com os resultados do programa destinado à contratação de doutorados para carreiras científicas e docentes.
Segundo o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), o programa da Fundação para a Ciência e Tecnologia atribuiu apenas 6% das posições a politécnicos e escolas não integradas.
O CCISP considera que se trata de uma «discrepância prejudicial ao equilíbrio do sistema de ensino superior».
Em comunicado, lamenta que o subsistema politécnico tenha sido «particularmente prejudicado», com apenas 67 posições atribuídas às respetivas instituições, o que «amplia desigualdades já existentes e ignora o papel fundamental destas instituições no desenvolvimento regional e na promoção da coesão territorial. Áreas que dependem significativamente das instituições de ensino superior localizadas fora dos grandes centros urbanos».
A estrutura onde se inclui o Politécnico da Guarda, criticou ainda a composição dos júris de avaliação, formados exclusivamente por avaliadores provenientes de universidades, o que segundo o CCISP «resultou numa falta de diversidade necessária para uma avaliação justa e equitativa». O Conselho Coordenados dos Politécnicos diz mesmo que «os avaliadores desconhecem a realidade específica do subsistema politécnico», o que levou a decisões que «penalizaram injustamente estas instituições de ensino superior».
O Conselho exige, assim, a revisão do processo e a implementação de medidas corretivas para assegurar a situação não volta a acontecer.