Capitalidade, influência política e poder de decisão para a Guarda: nas primeiras reações de cariz político conhecidas, por parte de estruturas ou eleitos do PS, ao anúncio oficial da instalação na cidade da Secretaria de Estado da Ação Social, a decisão do Governo é destacada como «uma boa notícia».
O líder do Partido Socialista na Câmara, Eduardo Brito, sublinha a importância da medida e diz confia na secretária de Estado Rita Cunha Mendes e na equipa que escolher para passar à fase seguinte, que será a da concretização de «políticas positivas» para a sociedade, com «uma nova abordagem e ideias novas» para os problemas, «capaz de mobilizar a comunidade, as instituições e as empresas para o esforço que é preciso fazer» na área que tutela.
Eduardo Brito considera que a Guarda e o distrito vivem uma boa fase de perspetiva de «peso político», com a criação desta secretaria de Estado e com a nomeação de três governantes: não apenas a ministra Ana Mendes Godinho e a secretária de Estado Rita Mendes mas também a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, «que exerceu inclusivamente cargos políticos na Mêda».
Com estes protagonistas, «os dois deputados [do PS] e mais um do PSD» e a «gente da Guarda que está a ser envolvida neste processo», há «todas as condições para fazer um trabalho diferente, com resultados e com frutos», conclui o vereador.
Também o grupo do Partido Socialista na Assembleia de Freguesia da Guarda releva a medida do Governo. Todos os eleitos pelo PS naquele órgão tomaram uma posição destacando a instalação da Secretaria de Estado.
Fábio Pinto, líder desta bancada e da federação distrital da JS, acredita, aliás, que dá voz ao sentimento de todo o Partido Socialista da Guarda e do distrito. E refere que só por «tacticismo político» esta decisão pode merecer críticas de alguns intervenientes políticos, como o ex-presidente da Câmara e atual eurodeputado do PSD, Álvaro Amaro. Afinal, recorda o dirigente socialista, foi o então autarca que defendeu medidas para «colocar a Guarda no mapa». E se o mais que obteve foi a localização na cidade da sede formal da empresa Águas de Lisboa e Vale do Tejo (mas sem capacidade de decisão efetiva, estrutura dirigente ou já sequer estrutura técnica de topo), Álvaro Amaro pode ter agora motivos para elogiar a política do governo socialista, que cria na Guarda uma secretaria de Estado onde estará a titular e a equipa dirigente, sugere Fábio Pinto.
O coordenador do PS da freguesia da Guarda recorda que o que está a ser criado não é um serviço local ou desconcentrado nem uma qualquer delegação de uma estrutura pública. É um centro de decisão nacional mas descentralizado, sublinha, o que confere um estatuto de «capital da ação social» à Guarda.
Razões para que todos os agentes políticos locais se concentrem nessa conquista e no sucesso das políticas que têm muito a ver com a matriz das regiões desfavorecidas, diz o presidente da federação distrital da Juventude Socialista.
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