Este ano, a organização da Volta a Portugal decidiu trocar as voltas aos ciclistas e agendou as exigentes subidas à Torre e à Guarda no início da prova, logo na terceira e quarta etapas, respetivamente.

A 85ª edição da prova “rainha” do ciclismo nacional foi apresentada na semana passada e conta com 1.540,1 quilómetros, 32 prémios de montanha e 27 metas volantes. A Volta começa dia 24 de julho com um prólogo em Águeda. Seguem-se as etapas Sangalhos-Observatório de Vila Nova (Miranda do Corvo) e Santarém-Marvila (Lisboa), de 158,2 e 164,5 quilómetros, respetivamente. A segunda etapa evoca os 50 anos do 25 de abril de 1974, imitando o percurso entre Santarém e Lisboa da coluna liderada por Salgueiro Maia, no dia da Revolução.

A 27 de julho corre-se a terceira tirada, que incluiu a mítica e seletiva subida à Torre, na Serra da Estrela, de categoria especial, no final de 161,2 quilómetros desde o Crato. No dia seguinte o pelotão vai ligar o Sabugal à Guarda, após 164,5 quilómetros e com o exigente e temido final em empedrado da subida para a meta, que coincide com uma contagem de montanha de terceira categoria. A cidade mais alta volta a ser o local do dia de descanso da prova “rainha” do calendário velocipédico português, a 29 de julho, antes da quinta etapa entre Penedono e Bragança (176,8 quilómetros).

Bragança-Boticas (169,1), Felgueiras-Paredes (160,4), Viana do Castelo-Fafe (182,4) e Maia-Mondim de Basto/ Senhora da Graça (170,8) vão ajudar a seleccionar o vencedor da Volta, que será coroado em Viseu a 4 de agosto, dia da 10ª e última tirada, um contrarrelógio individual de 26,7 quilómetros. No ano passado venceu o suíço Colin Stussi (Vorarlberg). A Volta de 2024 conta com a participação de cerca de 133 ciclistas em representação de 17 equipas, as nove portuguesas do escalão Continental e as restantes estrangeiras, de cinco nacionalidades, sendo 4 Pro Team.