Foi de novo uma espécie de “ensaio-geral” para o que vai ser a realidade da Câmara da Guarda dentro de algumas semanas. Nos meios políticos já quase ninguém se refere à saída de Álvaro Amaro apenas como possibilidade e em concreto no PSD é praticamente assumido que o presidente da Câmara deixará as funções para integrar a lista ao Parlamento Europeu. O “toque a reunir” de quem fica está a ser feito em várias frentes e ontem, véspera do Dia da Mulher, a concelhia do partido promoveu um encontro no feminino, com dezenas de participantes, que foi na prática a pré-apresentação da mais que provável, dentro de poucas semanas, nova composição do executivo municipal, com Cecília Amaro a ascender ao lugar de vereadora. «Com as pessoas e para as pessoas» e em estreita colaboração «com as juntas de freguesia e com as associações», é como a actual adjunta do presidente da Câmara sublinha que continuará a trabalhar, qualquer que seja a função, admitindo que «aprendi muito» com Álvaro Amaro, designamente «um conhecimento de estratégia política muito abrangente». Mas a reflexão foi sobre o papel da mulher na política. Na cidade que já teve a primeira deputada e a primeira governadora civil (Marília Raimundo), uma presidente da Câmara (Maria do Carmo Borges) e um partido, o PSD, mais tempo liderado por mulheres (Marília Raimundo e Ana Manso) do que por homens, a primeira mulher a presidir à Assembleia Municipal da Guarda, Cidália Valbom, lamenta que ainda se fale em quotas e em paridade. O mesmo diz Lucília Monteiro, a por enquanto única vereadora na Câmara. Dentro de semanas passará a haver duas mulheres e cinco homens no executivo municipal.
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