Só à segunda tentativa a ministra da Saúde disse algo acerca da ULS da Guarda, no debate na especialidade da proposta de Orçamento de Estado para 2019. Os dois deputados pela Guarda interpelaram Marta Temido. Ângela Guerra (do PSD) começou por considerar que o anterior titular deixou um «presente envenenado», na última visita que realizou ao Hospital da Guarda, ao entregar viaturas cujo custo mensal de locação está a cargo da ULS. Mas também alertou para o facto de estar previsto, no OE, um corte de 13 e meio por cento nas verbas destinadas à estrutura de saúde que cobre o distrito da Guarda. Santinho Pacheco, deputado pelo PS, interveio no mesmo debate parlamentar para a acusar o PSD de não ter agarrado os problemas em tempo útil, durante o anterior governo. Mas reconheceu que a ULS se depara com «um enorme problema», que pede respostas. E só na segunda ronda, e após insistência, a ministra prometeu «muita proximidade» no acompanhamento da situação e apoio contra «as constantes pressões de todas as tipologias» de que o Hospital da Guarda é alvo. Um debate que decorreu poucos dias depois de a comissão política concelhia do PS da Guarda ter reunido, com o tema da saúde na agenda. Um encontro onde terão sido feitas várias críticas ao conselho de administração da Unidade Local de Saúde – entre elas a de alguma alegada falta de iniciativa para a articulação com o partido.
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