A taxa de inflação estimada para julho foi de 3,1 por cento, o nono mês consecutivo de queda, anunciou o Instituto Nacional de Estatística (INE) esta segunda-feira. Em junho, a taxa de inflação tinha sido de 3,4 por cento.
O INE estima que esta nova desaceleração do ritmo de subida dos preços se deva parcialmente à queda dos preços dos bens alimentares e bebidas não-alcoólicas. Já a taxa de inflação subjacente – que exclui energia e alimentos não-processados por serem de preço mais volátil – terá abrandado para os 4,7 por cento, face aos 5,3 por cento de junho.
A deflação continua nos preços da energia, em forte baixa homóloga depois de um ano de 2022 com subidas substanciais espoletadas pela invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro. O índice de produtos energéticos terá tido uma variação de -15 por cento em julho, ainda assim menor do que a de -18,8 por cento em junho.
Tendência inversa mantém-se nos preços dos bens alimentares não transformados – fruta, legumes e carne e peixe crus -, que continuam a subir, mas cada vez menos. Se em junho a taxa de inflação destes bens já tinha desacelerado para os 8,5 por cento, em julho ter-se-á registado nova desaceleração para os 6,9 por cento.
Já o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor, vulgo IHPC, que permite comparações entre Estados-Membros da União Europeia, terá abrandado para os 4,3 por cento, depois de em junho se ter cifrado nos 4,7 por cento. O INE irá divulgar os dados definitivos da inflação relativos a julho a 10 de agosto.