Só a freguesia da Guarda vai em contraciclo na razia do número de eleitores no concelho, no distrito e em todo o interior do país.
A cidade cresceu, em quatro anos, no número de residentes maiores de idade: são mais 447 do que em 2013, perfazendo um total de 23.174. Mas o concelho, na globalidade, perdeu 1.066 eleitores, tendo agora 38.899.
A freguesia urbana passa assim a ter um peso eleitoral de 60 por cento, quando há quatro anos era de 57 por cento.
Os cadernos eleitorais fecharam a 15 de Junho e só votam, nas próximas eleições autárquicas, os cidadãos maiores de 18 anos que estivessem recenseados naquela data.
A consulta dos quadros dá conta da realidade de despovoamento das regiões do interior. E já nem o litoral compensa esta quebra: até Lisboa perdeu eleitores.
A fratura demográfica tem consequências na própria composição dos executivos municipais. O concelho de Castelo Branco vai perder dois vereadores (a Câmara passa de 9 para 7 membros), por ter agora menos de 50 mil eleitores. Na Covilhã essa redução tinha acontecido já em 2013 e este ano a quebra acentua-se: há menos 3 mil votantes naquele concelho. Há também uma redução de quase 1.800 eleitores no Fundão.
No distrito da Guarda o total de eleitores cai para quase 159 mil, menos 9 mil do que nas autárquicas de há quatro anos.
Pinhel e Trancoso vão ressentir-se também na formação dos próximos executivos: ambos os concelhos caíram para menos de 10 mil votantes, passando assim de 7 para 5 eleitores.
Só Guarda, Seia, Gouveia e Sabugal mantêm 7 membros nas Câmaras.
Seia foi, em números absolutos, o concelho que perdeu mais eleitores: são menos cerca de 1.623 em relação há quatro anos. O concelho tem agora 23.092 adultos recenseados.
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