O que começou por ser um incentivo tornou-se numa recusa. O secretário de Estado do Ensino Superior comunicou ao presidente do Instituto Politécnico da Guarda e ao reitor da Universidade da Beira Interior que o governo não aceitará a proposta subscrita pelas duas instituições. A ideia de uma integração do IPG na UBI tinha sido publicamente admitida por José Ferreira Gomes numa deslocação à Guarda no início de Novembro, quando anunciou que os politécnicos e universidades tinham um prazo até ao final do ano passado para encontrarem modelos possíveis de agregação. O conselho geral do IPG deu ao presidente poderes para negociar com o novo reitor da UBI mas o entendimento esbarrou agora nas reservas do mesmo secretário de Estado. Constantino Rei confessa-se apanhado de surpresa e conclui que «não vai haver nenhuma reorganização», ao mesmo tempo que interpreta a actual estratégia do governo: «Os meninos ricos e inteligentes vão para as universidades, os burros e os pobres vão para os politécnicos». É assim que o presidente do IPG resume a intenção da transformação dos politécnicos em «escolas profissionais avançadas», algo que classifica como «uma política de menorização em toda a linha».
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