Desde a abertura do ano lectivo, no Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque, há problemas graves no refeitório. Falamos de falta de comida para os alunos e falta de assistentes operacionais para servir os estudantes na hora de almoço.
Com a alteração da estrutura do ano lectivo (depois da transição de três períodos escolares para dois semestres)… a hora de almoço dos estudantes ficou mais curta e muitos deles deixaram de ir almoçar a casa, para passar a almoçar na escola. Antes, o refeitório servia cerca de 300 refeições por dia, agora está a servir mais de 500.
José Carvalho, diretor da escola Afonso de Albuquerque, pede «calma» aos pais e às crianças.
A direção da escola tem pedido reforço de meios à câmara da Guarda, nomeadamente recursos humanos, que até agora não foram disponibilizados. A autarquia já terá assegurado ao diretor da Afonso de Albuquerque que, a partir de segunda-feira, será disponibilizado, pela câmara, mais um cozinheiro para a escola.
Surpreendentemente, segundo contam alguns alunos do Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque, «ontem o prato era arroz com pasta de atum. A comida acabou três vezes e muitos alunos só comeram arroz porque o atum acabou».
Alguns pais comentaram à rádio, sem fazer declarações, que «houve muitos alunos a comer em cafés limítrofes à escola ou mesmo a ficar sem comer. E ainda houve estudantes a faltar à primeira aula da tarde porque ainda estavam no refeitório à espera do arroz e um pão para não terem fome».
Até mesmo o diretor do agrupamento, José Carvalho, tem estado «a servir sopa aos alunos» e é o próprio que conta à Rádio Altitude que, no dia de ontem, «a fila ficou parada porque, efetivamente, a comida acabou».
Esta situação problemática ocorre desde o início das aulas e tem piorado nos últimos dias – até agora, a câmara municipal ainda não disponibilizou mais meios e recursos.