O distrito da Guarda é agora dos poucos que não tem representação no governo ou em estruturas criadas pelo executivo de António Costa. Esta semana um destacado militante socialista de Viseu tomou posse como secretário de Estado da Juventude e do Desporto. De Coimbra partiu a coordenadora da Unidade de Missão para o Interior. De Bragança foi o secretário de Estado da Administração Interna e de Castelo Branco o da Energia. Estando encerrado – até ver – o elenco governativo, o Partido Socialista da Guarda deve agora exigir a nomeação de um militante para uma das direcções regionais, ao abrigo de uma espécie de “lei da compensação" que perece existir quando os socialistas vão para o governo – foi hoje referido no programa de debate político da Rádio. Os comentadores do “Quarto Poder” recordaram que num passado ainda recente José Sócrates nomeou António Carlos Santos para director regional do INATEL e António Patrício para subdirector regional de Agricultura e Pescas, no tal princípio do equilíbrio entre as federações do partido na origem de governantes e dirigentes públicos. Estando por agora vedada a hipótese de um militante da Guarda chegar ao governo as possibilidades colocam-se ao PS da Guarda no campo das direcções regionais. Esmeraldo Carvalhinho considera que o distrito teria condições para indicar o eventual sucessor de Celeste Amaro (também oriunda do distrito, concretamente do concelho de Gouveia) na Direcção Regional de Cultura de Centro, a verificar-se a substituição nos próximos tempos. E Tiago Gonçalves sugere mesmo o nome de António Saraiva, vencedor das eleições por agora suspensas para a federação do PS. Hipoteticamente falando, o arquitecto reuniria as condições para o cargo, dizem ambos os comentadores.
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