O deputado Santinho Pacheco bem tentou confrontar o ministro da Economia com as declarações de Pedro Machado, presidente do Turismo do Centro, à Rádio, na semana passada [ver notícia aqui], sobre a contagem decrescente de dois anos até à reabertura do Hotel Turismo da Guarda. A pergunta que fez, na audição a Manuel Caldeira Cabral no Parlamento a semana passada, lembrava os planos do anterior governo socialista sobre a reconversão do edifício em escola de hotelaria. O Hotel Turismo da Guarda era propriedade da Câmara, que o encerrou em Outubro de 2010 e, nos últimos dias do segundo governo de José Sócrates, assinou com o Turismo de Portugal a venda do imóvel pelo valor de três milhões e meio de euros, com a promessa por parte daquele instituto público de o requalificar e reabrir como unidade de quatro estrelas e escola de hotelaria até ao final do Verão de 2013. Mudou o governo e o edifício ficou devoluto. O executivo PSD/CDS apenas acabou de pagar à autarquia o valor da compra, mas afastou a possibilidade de cumprir o investimento, por parte do Estado, na ordem dos 10 milhões de euros. A anterior Câmara nunca tentou, por nenhuma via, reverter a posse do edifício. A actual optou antes por incentivar a venda a um grupo privado, através de um concurso público, que assegure a recuperação do edifício e assume a exploração hoteleira. Mas a verdade é que na audição no âmbito do debate na especialidade do Orçamento de Estado, o ministro Manuel Caldeira Cabral não respondeu directamente à questão do deputado socialista eleito pela Guarda e governador civil à época da assinatura do contrato de 2011. Apenas foi dizendo que o Governo está a fazer esforços para captar investimentos para o sector.
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