Bastaria uma consulta ao portal da Direcção-Geral do Património Cultural para obter a resposta à questão que o vereador do PS, Joaquim Carreira, colocou ontem na sessão da Câmara e que o presidente disse não saber do que se tratava. O vereador socialista pediu informações sobre o estado do processo e Álvaro Amaro afirmou nem ter conhecimento de tal dossier. Mas tratou-se, na verdade, de um pedido que a autarquia apresentou em 2005 (durante a curta presidência de Álvaro Guerreiro) ao então Insitutto do Património mas que, pelos dados que podem ser consultados publicamente, caducaria cinco anos depois. Caso tivesse sido classificado, o imóvel e todos os edifícios localizados numa zona de protecção ficariam sujeitos a restrições, pelo que não poderiam ser demolidos, alienados, expropriados, restaurados ou transformados sem autorização expressa do organismo que tutela o património. Ora, há mais de uma década que diferentes executivos da Câmara querem remodelar – ou encontrar quem o faça – o emblemático hotel.