Na semana em que fazemos um balanço a menos de dois anos do final do mandato autárquico, o principal rosto da oposição a Álvaro Amaro resume assim o tempo decorrido desde as eleições de 2013: «a montanha pariu um Alvarinho». É desta forma que o veredor socialista Joaquim Carreira se refere ao presidente da Câmara, que classifica também como «um mercenário da política», garantindo que o PS apresentará em 2017 «um adversário à altura» do social-democrata que colocou fim a 37 anos de contínuas maiorias socialistas. E arrisca mesmo dizer que ganhar as próximas eleições «não é impossível». Como? «Transmitindo às pessoas confiança, capacidade e empenho». Tudo o que o actual executivo não consegue, na leitura de Joaquim Carreira: «não sai nada daqui de extremamente útil para a população». E exemplifica: «temos mais emprego qualificado na cidade? Não. Temos mais empresas que fixem de forma expressiva mais pessoas? Também não. Regressaram à Guarda os jovens e menos jovens que emigraram? Não». O PS prepara-se assim, diz o número dois de José Igreja nas últimas eleições, para colher os resultados de uma estratégia discreta mas que garante existir: o partido «tem feito um trabalho silencioso, um trabalho de aproximação às pessoas que ficaram desavindas ou descontentes com o resultado da escolha do candidato à Câmara da Guarda». Em síntese, «desengane-se quem julgue que o PS na Guarda desapareceu». É este o registo de optimismo de Joaquim Carreira, entre fortes críticas a Álvaro Amaro. O vereador da oposição é o primeiro a ser ouvido pela Rádio, numa semana em que reunimos também, em debate (quarta-feira no Fórum Altitude, a partir das 11 horas), os líderes das cinco bancadas na Assembleia Municipal. No sábado, no programa Casa da Rádio (a partir das 10h30), faremos uma grande entrevista ao presidente da Câmara.
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